MUNDO EM CAOS
Eu, mundo em caos... Mundo perdido nas mãos de homens maus.
Intelectuais ignorantes!
Não quero ser destruído como simples bola de vidro sob rodas de metal.
Por que não posso ser como as estrelas brilhantes?...
Andar de cabeça erguida, sem ter nenhuma ferida sangrando no coração!
Por que vivem pensando em fazer de mim um antro de maldade e perversão?
Por quê?!... Meu sofrimento é tão grande!...
Ser governado por mãos que desconhecem o amor
E sentir a todo instante no coração essa dor
Que me destrói lentamente.
Se pudesse sozinho me conduzir,
A Deus eu me entregaria
E sei que feliz finalmente eu seria!
No peito de toda essa gente Ele poria esperança, fé, amor e bondade.
Não haveria dor nem diferença de cor e muito menos maldade.
E as crianças poderiam finalmente em liberdade cantar, sorrir e brincar,
Sabendo que lhes viria um amanhã de verdade.
Sem dúvida não teria guerras destruidoras, com bombas devastadoras,
Com mortes agonizantes, gritos alucinantes,
Jovens fracos reunidos no leito de pais feridos,
Chorando desiludidos.
O azul do céu brilharia e nas ruas não teria nenhuma poluição,
Os jardins na primavera com suas flores singelas perfumando a atmosfera...
Oh, Deus, como eu seria feliz!...
Não moraria mais em meu triste coração a total decepção,
Eu seria finalmente um mundo resplandecente, cintilante e colorido,
Onde pudessem os velhinhos, tranquilos sentirem a vida
Que na sociedade mesquinha passa despercebida.
O meu chão que pisariam seria fértil e saudável,
Onde todos poderiam viver uma vida afável em perfeita união.
Jovens sadios reunidos ao lado de pais queridos, sorrindo sorrisos largos.
Crianças de toda cor cantando num coro lindo uma canção de amor.
E a natureza seria um tapete aveludado,
Onde todos repousariam o corpo exausto, cansado
Do trabalho honesto e puro que Ele abençoaria com Seu olhar paternal.
Derramaria em mim muita paz e inocência,
Ensinaria às pessoas sentimentos nobres de respeito e de decência.
E o homem do futuro, mais seguro e confiante,
Lutaria com vontade por sua felicidade sem ferir seus semelhantes.
Ah, se eu pudesse sozinho me conduzir!...
A Deus eu me entregaria
E sei que feliz finalmente eu seria!