DESOLADA

Ainda despejo mágoas em minhas folhas.

Reclamo desse coração que não cicatriza.

Minha alma desolada, toda coberta de bolhas,

Que chega a ser ferida que me martiriza.

Enfaixo os meus pés para passar nos caminhos

Que o destino a mim prevê. Estou muito só,

Perdida sobre a custódia dos tais daninhos

Dos quais em gemidos peço: tenham dó

Dessa criatura portadora de sofrimentos descobertos,

onde as mágoas exigem cada vez mais e mais.

Quero fugir, deixar meus clamores encobertos,

na certeza que a felicidade não virá jamais.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 27/03/2011
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