DESOLADA
Ainda despejo mágoas em minhas folhas.
Reclamo desse coração que não cicatriza.
Minha alma desolada, toda coberta de bolhas,
Que chega a ser ferida que me martiriza.
Enfaixo os meus pés para passar nos caminhos
Que o destino a mim prevê. Estou muito só,
Perdida sobre a custódia dos tais daninhos
Dos quais em gemidos peço: tenham dó
Dessa criatura portadora de sofrimentos descobertos,
onde as mágoas exigem cada vez mais e mais.
Quero fugir, deixar meus clamores encobertos,
na certeza que a felicidade não virá jamais.
DIONÉA FRAGOSO