ASPIRAIS ESTRANHAS

Qualquer migalha é um desperdício da memória

e as gotas transbordam o mar da história

Perguntas sem respostas, celebres ou notórias

queixas presas, cúmplices de frustradas glórias

Somos aspiras transmutados de instantes

e no planeta desamor, somos só viajantes

buscando respostas não sei onde

no rabo de um foguete, além donde o sol se esconde

Trocamos moedas por resquícios miúdos

mesmo que por palavras retorcidas

Vagas sombras entre as faces feridas

dissolvendo os rastros entre as coleções

Guardando quinquilharias

essas reticências esquecidas

Pó - antiguidade quase extinta

palavras e palavras, pouca tinta

Tudo é vento - aspirais do passado - bijuterias!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 27/03/2011
Reeditado em 10/07/2019
Código do texto: T2873961
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