ASPIRAIS ESTRANHAS
Qualquer migalha é um desperdício da memória
e as gotas transbordam o mar da história
Perguntas sem respostas, celebres ou notórias
queixas presas, cúmplices de frustradas glórias
Somos aspiras transmutados de instantes
e no planeta desamor, somos só viajantes
buscando respostas não sei onde
no rabo de um foguete, além donde o sol se esconde
Trocamos moedas por resquícios miúdos
mesmo que por palavras retorcidas
Vagas sombras entre as faces feridas
dissolvendo os rastros entre as coleções
Guardando quinquilharias
essas reticências esquecidas
Pó - antiguidade quase extinta
palavras e palavras, pouca tinta
Tudo é vento - aspirais do passado - bijuterias!