TEMPO DE SILÊNCIO

Carrego comigo um tempo de silencio

calaram-se as palavras e meus versos

tornaram-se pó diante da tua ausência,

pois é o único ser que ainda converso.

E daquele homem apaixonado que era

restou alguém, tão só, tão meu, tão frio

que nem sei mais quem outrora partiu

se foste tu ou a minha emoção sincera.

Ah! E como pude amar-te tanto assim?

E hoje restar o silêncio frio da solidão

E morrer todo amor que houve em mim.

Ainda que alcancemos o divino perdão

restará um ser tão só e calado, no fim

que o amor seus versos não alcançarão.

Filipe Aimi
Enviado por Filipe Aimi em 27/03/2011
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T2873636