TEMPO DE SILÊNCIO
Carrego comigo um tempo de silencio
calaram-se as palavras e meus versos
tornaram-se pó diante da tua ausência,
pois é o único ser que ainda converso.
E daquele homem apaixonado que era
restou alguém, tão só, tão meu, tão frio
que nem sei mais quem outrora partiu
se foste tu ou a minha emoção sincera.
Ah! E como pude amar-te tanto assim?
E hoje restar o silêncio frio da solidão
E morrer todo amor que houve em mim.
Ainda que alcancemos o divino perdão
restará um ser tão só e calado, no fim
que o amor seus versos não alcançarão.