O Faminto
Pelos traços verdadeiramente fortes
Pela inexistência da sorte
Para vender tais sentimentos
Nenhum, de fato, meu
O sóbrio, o embriagado
O eu... O meu... Ser meu próprio deus
O faminto.
Aqui estou lamuriando
Por mais um dia, uma semana, um ano
Uma vida... Tão só minha
E a profunda injustiça
De já não me ser mais boa companhia.
Queria desfazer-me destas dores
Destes rancores
Destes espasmos involuntários
Por nada e tudo que fiz.
De qualquer modo, hoje sou apenas eu
Apenas eu quem pergunta:
“Por que eu deveria continuar?”