UM DENTRO DO OUTRO
Eu que de mim te amou
Eu de meu eu que se esqueceu
Passou a ser prisioneiro
Do teu eu... Cárcere privado
Não sei como fugir
Não tem cela
No teu eu
Que me prendi
Por fora...
E agora?
O que faço?
Neste teu calabouço
Humano?
Só cometi um
Único crime
Amar demais
Eis o meu sentimental exílio.
Se morreres primeiro
Levar-me-ás contigo
Preso ao teu coração
E coberto por teu umbigo
Reviraremos terra...
E quem ficou no mundo
Não sou eu não!
Mais sim a tua prisão
No meu eu.