(((((:::::SILENTE DUVIDAR:::::)))))
Eu só queria distância avolumada da nossa distância
e pegar a contra mão da sensatez, da própria razão
nestas certezas abertas - de uma ponta de ignorância
E o seu incessante perguntar cansa meu coração.
As coisas são e parecem precipício duma ilusão
A presença de tudo sempre perguntando
Coisas de angústia premente,
numa hesitação absorta em minha mente.
É falsa a verdade? Já que tudo são sonhos e tudo é sonhar?
Perante o mistério vacila a vontade
Em luta dividida dentro do pensar,
E a razão cede, qual covarde, frente a tão grande amar
apenas sombra se esquivando do perigo
Não ousastes nunca da carne o inesperado gosto.
Eu, sofrendo, cerro os olhos doridos
Pois pela noite o rio silente desce de mim sorrindo,
Oculto no escuro a alma não tem sossego,
e na escuridão que meu horror cresce.
Odeio a noite que a mim se assemelha,
Só que em mim, nem astro ou centelha
Dispersa as nuvens em seu manto sombrio,
Calada e escondida me quedo no frio,
Envolto em dúvidas e delas sempre temente.