(((((:::::PAREDES NUAS:::::)))))

Trago comigo a luz inexorável das profecias

que nunca se realizaram em arritmias

dos sentidos que nada têm a ver com círculos e linhas

que apenas mostra as paredes nuas,

de manchas úmidas no gesso da memória;

cantarolando estátuas em glórias

Liberta de sonhar, por tal fronteira,

condenada a um eterno rodopio,

cujas mãos me maltratam só a mim,

deixo as borboletas lançarem no meu meio

essa sombra das asas por que anseio!

Queria ter a singeleza das vidas sem alma

Da matéria presa e a lúcida calma ...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 26/03/2011
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