MIGALHAS

 
 
Como se por obrigação oferece
migalhas de um amor doente com
preconceitos absurdos sem pelo menos
perguntar se aceita tantas miudezas.
 
São restos dos infortúnios de amores
mal resolvidos que nada valem.
Simplesmente farrapos sem esperança
para serem aprovados na vida.
 
Parece coisas maltrapilhas desusadas
jogadas ao relento como citação do nada
acabado, sem recheio nem tão pouco
amor e muitas interrogações.
 
Quantos sentem esse tiquinho oferecido
em pequenas porções, pedaços, fazendo
doer tanto que é preferível não existir mais nenhum afeto por outro ser.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 25/03/2011
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