Que seja em mim o seu ocaso

Quando nasceu em mim saí da escuridão

Floresceu-me a calma e girassóis de versos

Findou-se o raquitismo inerte da razão

Da semente estéril nasceram frutos diversos

Foi a Fotossíntese do sentir geradora

Seu tempo natural amadurece e aflora-me

Em silêncio não se apressa nem demora

De minhas estações plurais compreende-me

Seu calor é terno

Nele aninho-me com paixão

Para seu apogeu eterno

Tem a voz da compaixão

Minha chuva estancou ao que me traduz

Vão cativeiro ou tudo quanto mais vier ao acaso

Enfim que derrame suave seu brilho luz

Mas que seja em mim o seu ocaso.

Pedra Mateus

André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 24/03/2011
Reeditado em 26/03/2011
Código do texto: T2868969
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