Que seja em mim o seu ocaso
Quando nasceu em mim saí da escuridão
Floresceu-me a calma e girassóis de versos
Findou-se o raquitismo inerte da razão
Da semente estéril nasceram frutos diversos
Foi a Fotossíntese do sentir geradora
Seu tempo natural amadurece e aflora-me
Em silêncio não se apressa nem demora
De minhas estações plurais compreende-me
Seu calor é terno
Nele aninho-me com paixão
Para seu apogeu eterno
Tem a voz da compaixão
Minha chuva estancou ao que me traduz
Vão cativeiro ou tudo quanto mais vier ao acaso
Enfim que derrame suave seu brilho luz
Mas que seja em mim o seu ocaso.
Pedra Mateus