Quando muito, deixei ou levei saudade

Quando muito, deixei ou levei saudade

Aos lugares por onde andei,

Não ando mais.

À mesa que já me sentei,

Não me sento mais.

Fiz do tempo esconderijo,

Das pegadas fiz silêncio.

Como alguém me achar?

[Sou da dimensão de um átomo].

Silentemente

E de alma vazia,

Não deixei nada

E nada levei.

Quando muito,

Deixei ou levei saudade.

N.A.: para o autor a vida é vista com prazer e otimismo. Sua intenção não é renegar o passado, mas sim, fazer uma transposição descritivista da vida física, para outro plano de alta dimensão espiritual.

Onofre Ferreira do Prado
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 24/03/2011
Reeditado em 08/08/2022
Código do texto: T2868783
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