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O pêndulo do tempo vai e vem
ele vem, um passo de cada vez
ele não sabe aonde quer chegar
e sempre termina no mesmo lugar
Ele vai, ele volta
pende lado a lado, seu fardo
fixo no teto, o tempo passa
passo a passo, tic tac
Então preenche o tempo seu destino
com o líquido do seu véu
cada momento tão passageiro
cada movimento, mais passageiros
Mas quando o tempo para
o pêndulo não mais pende para algum lado, uma pausa
um instante, eterno em seu momento
presente em seu movimento
tão recente, tão presente,
tão esperado, tão ausente
quantos momentos fazem um instante
presente em um semblante?
tudo faço por um instante
que faça meu mundo uma constante
livre de medos e credos
cheio de enredos e vida
um instante passa em um momento
para o movimento
prende a respiração
é um salto na escuridão
fé sem receio
de que algo, o meio
o centro, o gosto
o posto, é exposto
livre como o pêndulo
no tempo de seu centro
não parece preso ao tempo
mas no controle do destino
Ponto para as badaladas.