Lascividade errônea

"...as coisas se esvaem de seus propósitos e fica só a casca, sem recheio, como um ovo vazio por dentro..."

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Sêmen infestado na mãe impura

Respingado ante aos espelhos da desventura

das clausuras dos conventos bestiais;

Ternos sem ternura em naftalina

Condenando úteros à sua sina

De cuspirem seus frutos anti-sociais.

Gera-se no fruto do instante cifrado

O fado da fadária lascividade errônea

Dos que ejaculam o gozo comprado.

Na galhardia do romantismo usurpado

Dorme o casal do gozo convencionado

Com o preço da lascividade outorgada!

A convivência inevitável do gozo expurgado!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 09/11/2006
Reeditado em 09/11/2006
Código do texto: T286700