Lascividade errônea
"...as coisas se esvaem de seus propósitos e fica só a casca, sem recheio, como um ovo vazio por dentro..."
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Sêmen infestado na mãe impura
Respingado ante aos espelhos da desventura
das clausuras dos conventos bestiais;
Ternos sem ternura em naftalina
Condenando úteros à sua sina
De cuspirem seus frutos anti-sociais.
Gera-se no fruto do instante cifrado
O fado da fadária lascividade errônea
Dos que ejaculam o gozo comprado.
Na galhardia do romantismo usurpado
Dorme o casal do gozo convencionado
Com o preço da lascividade outorgada!
A convivência inevitável do gozo expurgado!