ENCONTRO-ME.
Na desordem das minhas gavetas, *Elenite araujo.
Nos lençóis revirados,
No cansaço do corpo que pede banho
Nesses fins de tarde desengano...
Encontro-me na saudade que sinto
No desejo de ti
Nesse querer ficar ao partir
Nesse sentir só nosso.
A casa vazia quando dormes...
Eu insone deixo-te para que durmas
A noite avança como águas turvas
E a poesia me encontra em uma curva.
Encontro-me no teu amor por mim,
No meu amor por ti
No meu viver disforme
Em tudo de teu aqui
Enconto-me em ti!