VANTAGEM DA AUSÊNCIA
Arrancou-se o botão.
Da rosa ou da roupa?
Da flor haveria
tanto perfume
tantas pétalas
tantas rosáceas.
Na roupa a casa vazia.
Peça caindo desnudando tanto.
No pé da planta
o pelado do corte,
a inexistência da sépala.
Na braguilha
a marca da linha,
a ausência do complemento.
No ar um quê
assinalando que tu
não faz falta.
O melhor mesmo
foi tua ida
para que outra pessoa
possa ser bem – vinda.
L.L., Bcena, 26/06/2006
POEMA 98 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA