VANTAGEM DA AUSÊNCIA

Arrancou-se o botão.

Da rosa ou da roupa?

Da flor haveria

tanto perfume

tantas pétalas

tantas rosáceas.

Na roupa a casa vazia.

Peça caindo desnudando tanto.

No pé da planta

o pelado do corte,

a inexistência da sépala.

Na braguilha

a marca da linha,

a ausência do complemento.

No ar um quê

assinalando que tu

não faz falta.

O melhor mesmo

foi tua ida

para que outra pessoa

possa ser bem – vinda.

L.L., Bcena, 26/06/2006

POEMA 98 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 23/03/2011
Reeditado em 14/07/2012
Código do texto: T2865701
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