Xeque mate
Viver é um grande jogo de xadrez
onde não há vencedor, só jogadas de estratégias;
O rei como grande condutor, e onde todos tentam chegar
vai-se vencendo grandes batalhas, mas a guerra ainda nem começou.
Que pode ser o bem contra o mal,
a sanidade contra a loucura,
o éden contra o calor dos infernos,
ou qualquer coisa contra outra;
Só pelo prazer da disputa.
O cavalo, cego de tanta força e obediência,
só faz tarefas sem perguntas,
o bispo, com seu ridículo puritanismo,
dá as ordens a sociedade do bem e do pecado;
lá vão às pedras andando e tomando terreno,
abrindo caminho com a morte súbita é claro, dos peões.
Peões grandes guerreiros de coisa alguma,
morrem na marginal da contra-mão
crentes que fizeram o trabalho bem feito.
Torres protegidas pelo sistema,
que dita normas para a democracia
estrategistas, que sem ela, não se elegeriam.
E lá vão peças à conquista da rainha.
Tentam despi-la do reinado de fantasias
ferem coração com a flecha da verdade,
tentando ganhar o jogo,
reinam sem reinado,
escondidos e trancafiados nos porões;
e ao passar tal casal da nobreza
com toda sua pompa,
diante da hipocrisia, todos se curvam em respeito.