AO SABOR DOS VENTOS
A janela olha para o avesso de mim
Como se eu fosse uma casa
Resumida aos limites do muro
Então o cerco eu furo
Escapo pelo telhado
Surpreendo a porta olhando para a avenida
Livre saída para os rescaldos
Dou a mão ao carteiro
E saímos entregando cartas
Aos sem eira nem beira
Depois tornamo-nos pés de versos
Ao sabor dos ventos