((((:::::ABISMO DO OLHAR:::::))))

O sol do outono se esvaiu em folhas soluçando

Meus olhos, em lágrimas, vão beijando

E quase sem sentidos vou mergulhando

nos minutos lentos que o tempo vai sepultando

Tão petrificada é a esfinge da saudade

tomando-me a vida, a funda intimidade

No meu castelo esculpido, se foram as constelações

se mantém vazio o teto arredio das minhas paixões

- Há todo um mar de tristezas no abismo do meu olhar

Caminho, em cortejo mudo sobre as pétalas pisadas do amar.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 22/03/2011
Código do texto: T2865002
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