((((:::::ABISMO DO OLHAR:::::))))
O sol do outono se esvaiu em folhas soluçando
Meus olhos, em lágrimas, vão beijando
E quase sem sentidos vou mergulhando
nos minutos lentos que o tempo vai sepultando
Tão petrificada é a esfinge da saudade
tomando-me a vida, a funda intimidade
No meu castelo esculpido, se foram as constelações
se mantém vazio o teto arredio das minhas paixões
- Há todo um mar de tristezas no abismo do meu olhar
Caminho, em cortejo mudo sobre as pétalas pisadas do amar.