Abre,
pois,
tuas asas,


parte.

Vai.

Vai e sê feliz
longe da insegurança de mim
que sou pântano.

E quem saberia dizer
se minha lama não estaria planejando enterrar-te 

ou afogar-te
em areias ?

Vai -
antes que te mate o fel dessa amargura
que escorre em minha boca.

Vai,
pássaro traiçoeio.

Odeio-te.
Publicado no Recanto das Letras em 23/11/2009
Código do texto: T1939677
MIRIAM DUTRA (Maria Martha)
Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 22/03/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2864594
Classificação de conteúdo: seguro
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