Infinita existência

Infinita existência

A livre escolha, o beijo do olhar,

O explosivo perigo da natureza oposta,

Discípulo dos sonhos,

Santificado de sátiras.

O imortal suposto crente,

Na mente vem escolhendo os sentimentos,

Palrar sem delirar,

Crime que sem castigar torna o veneno um antídoto.

A arte impulsiona Eros ao abismo,

Principio da luz,

Origina a cegueira da visão,

Suposto crime.

Eu fui o que sou,

Sonhei com o amor,

Vesti de sol,

Fiz o quente virar o infinito.

A liberdade é a ave que voa sem asas,

O intermédio da razão,

Abole a visão,

A criatura dócil flama por afeto.

A primavera enche meu olhar,

As linhas da minha vida,

Distorcida estar,

A procura da demagogia encontra-se no meu chamar.

A estupidez é como uma idéia sem pensar,

O fim é melancólico,

O inicio é nostálgico,

Seremos o próprio abismo?

Reminiscências de uma memória perdida,

Os loucos que corriam contra o vento,

Respiravam o ar da razão e conspiravam

Contra emoção.

A noite é o fim,

Marcado pelo sono da razão,

Que produziu monstros de uma imaginação

Sem sentido e exacerbada do inusitado.

O faccioso fala parcialmente do direito de desejar,

Lâminas furaram os olhos que matavam a visão,

A profecia do mal assombra o carnaval,

A mácula do meu tocar penetra no olhar.

As chagas esperança correm sem parar,

O vento incólume como todo pensamento,

Cegueira você que ilude,

Uma súcia acontece sem eleição.

Uma casa montada por meus pés,

Feito por amor, utopia sem cor,

A picada da essência inocula uma ambição,

Falsidade sem excêntrica emoção.

A Minha mão transpira ardor,

A boca o amor,

A música o louvor e

Morte o símbolo do horror,

A vida é trôpega,

O homem não é desumano,

Apenas formador de uma simples opinião,

O sujo nos mostra limpo.

A infinita existência,

É o caminho do fenecimento,

Impróprio existir sem pensar,

O fim é o ilusório da paixão.

Pablo Diego
Enviado por Pablo Diego em 22/03/2011
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