Infinita existência
Infinita existência
A livre escolha, o beijo do olhar,
O explosivo perigo da natureza oposta,
Discípulo dos sonhos,
Santificado de sátiras.
O imortal suposto crente,
Na mente vem escolhendo os sentimentos,
Palrar sem delirar,
Crime que sem castigar torna o veneno um antídoto.
A arte impulsiona Eros ao abismo,
Principio da luz,
Origina a cegueira da visão,
Suposto crime.
Eu fui o que sou,
Sonhei com o amor,
Vesti de sol,
Fiz o quente virar o infinito.
A liberdade é a ave que voa sem asas,
O intermédio da razão,
Abole a visão,
A criatura dócil flama por afeto.
A primavera enche meu olhar,
As linhas da minha vida,
Distorcida estar,
A procura da demagogia encontra-se no meu chamar.
A estupidez é como uma idéia sem pensar,
O fim é melancólico,
O inicio é nostálgico,
Seremos o próprio abismo?
Reminiscências de uma memória perdida,
Os loucos que corriam contra o vento,
Respiravam o ar da razão e conspiravam
Contra emoção.
A noite é o fim,
Marcado pelo sono da razão,
Que produziu monstros de uma imaginação
Sem sentido e exacerbada do inusitado.
O faccioso fala parcialmente do direito de desejar,
Lâminas furaram os olhos que matavam a visão,
A profecia do mal assombra o carnaval,
A mácula do meu tocar penetra no olhar.
As chagas esperança correm sem parar,
O vento incólume como todo pensamento,
Cegueira você que ilude,
Uma súcia acontece sem eleição.
Uma casa montada por meus pés,
Feito por amor, utopia sem cor,
A picada da essência inocula uma ambição,
Falsidade sem excêntrica emoção.
A Minha mão transpira ardor,
A boca o amor,
A música o louvor e
Morte o símbolo do horror,
A vida é trôpega,
O homem não é desumano,
Apenas formador de uma simples opinião,
O sujo nos mostra limpo.
A infinita existência,
É o caminho do fenecimento,
Impróprio existir sem pensar,
O fim é o ilusório da paixão.