Flávio 3.9
De tanto afagos do vento
À Serra da Mariquita
Desprendeu-se a pedra que hoje sou.
Aos amigos, um diamante;
Aos não tão amigos, um carvão.
O fato é que sou pedra
Agora seixo que habita o rio.
É bem verdade
Que ora pedra de estilingue
Que acerta e fere...
Ora é pedra de apoio
Que escora caminhão na ribanceira
Que auxilia e protege...
De interessante disso tudo
É que sou pedra de coração 3.9
Avesso a coração de pedra.
À beira da estrada
Sigo a sina de toda pedra:
Estar ao alcance.
* Uma auto-homenagem aos meu 39 anos!