Flávio 3.9

De tanto afagos do vento
À Serra da Mariquita
Desprendeu-se a pedra que hoje sou.

Aos amigos, um diamante;
Aos não tão amigos, um carvão.

O fato é que sou pedra
Agora seixo que habita o rio.

É bem verdade
Que ora pedra de estilingue
Que acerta e fere...

Ora é pedra de apoio
Que escora caminhão na ribanceira
Que auxilia e protege...

De interessante disso tudo
É que sou pedra de coração 3.9
Avesso a coração de pedra.

À beira da estrada
Sigo a sina de toda pedra:
Estar ao alcance.

* Uma auto-homenagem aos meu 39 anos!

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 22/03/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2864472
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