A ânsia do desejo

A ânsia do desejo

Se nesse momento a ouvisse ao menos!

Se no meu frio, chegasse seu calor,

Se nos lábios a morte nunca viesse

Se no beijo cego, acertar neste amor.

Se no porvir, a tempestade se calasse.

Se a brisa não viesse com espinhos,

Se o momento fosse um pouco maior,

Se ventos de outrora movessem moinhos.

Se o riso não se descorasse tão rápido!

Se a sede do afã juvenil bradasse!

Se ao infinito, déssemos ouvidos,

Se por tristeza, uma rosa chorasse...

Lá no poente o sussurro bradaria!

Na alvorada_ As névoas se ergueriam

Na escuridão_ O silencio cantaria

No peito_ Sonhos brotariam.

E se zombassem de minhas palavras

E se achassem romanesco meu coração,

E se brincassem com o que sinto...

Saiba que amarei mais essa sensação.

Se na alcunha fizessem meu chamado

E em carinhos rotos lançassem-me ao chão,

Se por ventura o sonho que almejo

Trouxesse-me a morte, a certa morte então...

Ao abraço adúltero eu me lançaria,

Ao clarão da ilusão fitaria a cegueira,

E em um toque... Em teus lábios

Pequena... Entregaria uma vida inteira.

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Oziney Cruz
Enviado por Oziney Cruz em 22/03/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2864358
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