PREDADORES
Predadores.
Guel Brasil.
Das águas do rio negro
Bem na barranca do rio,
Jacaré tomando sol
Pra se aquecer do frio.
Sucuri mede o tamanho
E ataca sem piedade,
Jacaré morre no aperto
No abraço da maldade.
Na cadeia alimentar
O forte come o mais fraco,
No tempo certo da fome
Sem dividir nem um taco.
E o homem que está no topo
Dessa cadeia sem termos,
Mata, come, joga fora,
Carcaça nua nos ermos.
Os urubus tomam conta
Limpando o que não sobrou,
Enquanto a terra devora
O pouco que lhe restou.
Pra Alimentar as raízes
Do solo fraco, queimado,
Onde o fogo leva aos poucos
Um pouco desse bocado.
guelbrasil@gmail.com