Morte
Morte
O inefável amor da vida,
A expressiva dor de uma cor morta,
Os olhos sujos de um sangue azul,
E, um sagaz assassino de sonhos.
As noites caminham nuas, tortas e frias.
Meu coração tem um sincero peito,
Que aos pobres duramente empresto,
É um pó de uma lembrança ouvida, que se foi no eco de um escuro deserto.
Um bródio de um mal indefinível,
Uma fronteira indesejável,
Na história, escrevi o fim.
Na vida deixei uma simplória dor.
O beatífico do fim, não foge.
Os merencórios prazerosos descansam sobre a poesia,
Termino meu livro, com um fim de nada alegria.
È o fenecimento de uma voz que não se ouvia.
A morte chegou para mim, através de uma flor,
Que sem cor e sem cheiro,
Refez a dor meândrica,
Que terminou sem pedir amor.
As folhas caem no abismo,
Procuro o que arde sem dor,
Encontro o sono de dois fins,
E o sol levanta límpido sem cor.
Morte minha que levo,
Desespero que espero,
Fome escura e sono morto,
É a infância de anos, é um coro sem corpo.
É visível o ardor,
É vestida de choro,
É caminho para uma masmorra torta,
É uma solidão tácita.