Morte

Morte

O inefável amor da vida,

A expressiva dor de uma cor morta,

Os olhos sujos de um sangue azul,

E, um sagaz assassino de sonhos.

As noites caminham nuas, tortas e frias.

Meu coração tem um sincero peito,

Que aos pobres duramente empresto,

É um pó de uma lembrança ouvida, que se foi no eco de um escuro deserto.

Um bródio de um mal indefinível,

Uma fronteira indesejável,

Na história, escrevi o fim.

Na vida deixei uma simplória dor.

O beatífico do fim, não foge.

Os merencórios prazerosos descansam sobre a poesia,

Termino meu livro, com um fim de nada alegria.

È o fenecimento de uma voz que não se ouvia.

A morte chegou para mim, através de uma flor,

Que sem cor e sem cheiro,

Refez a dor meândrica,

Que terminou sem pedir amor.

As folhas caem no abismo,

Procuro o que arde sem dor,

Encontro o sono de dois fins,

E o sol levanta límpido sem cor.

Morte minha que levo,

Desespero que espero,

Fome escura e sono morto,

É a infância de anos, é um coro sem corpo.

É visível o ardor,

É vestida de choro,

É caminho para uma masmorra torta,

É uma solidão tácita.

Pablo Diego
Enviado por Pablo Diego em 22/03/2011
Reeditado em 29/03/2011
Código do texto: T2864252
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