Último Amanhecer

Rastejo a orla,

Vi que não tenho virtudes,

Devastado no deserto das línguas,

Com os olhos abertos ao chão,

O Medo devora meu corpo,

Em minha boca todo o suicídio do mundo,

Em meus pés toda essência das coisas feias,

Sou minha sombra dopada,

Lacrimejando um anoitecer,

Eu te respiro no fundo errante da ferida doce...

Sou último Amanhecer...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 22/03/2011
Código do texto: T2863994
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