Último Amanhecer
Rastejo a orla,
Vi que não tenho virtudes,
Devastado no deserto das línguas,
Com os olhos abertos ao chão,
O Medo devora meu corpo,
Em minha boca todo o suicídio do mundo,
Em meus pés toda essência das coisas feias,
Sou minha sombra dopada,
Lacrimejando um anoitecer,
Eu te respiro no fundo errante da ferida doce...
Sou último Amanhecer...