CHAVE-MESTRA
Eu sou a face viva da dor
Que toma licor, gim, elixir...
Passa perfume e sorri
E lambe os beiços
Ao som de soberba orquestra
Sob o palco devasso e dadivoso
Onde enceno pantomimas
Baratas e enfadonhas
Em meio aos teares de pares
Dispares que me confundem
Nesse monologo louco que me deixa rouco
Pelo qual recebo aplausos e acenos
De uma plateia hostil e modorrenta
Que não interage, não age e não sabe
Ao menos a sutil diferença ou a pueril anuência
Entre que o acontece no sobe e desce da cortina
E se desvela sem nenhuma trégua às cegas
No túmulo-camarim que nem chave-mestra é capaz de abrir.
Eu sou a face viva da dor
Que toma licor, gim, elixir...
Passa perfume e sorri
E lambe os beiços
Ao som de soberba orquestra
Sob o palco devasso e dadivoso
Onde enceno pantomimas
Baratas e enfadonhas
Em meio aos teares de pares
Dispares que me confundem
Nesse monologo louco que me deixa rouco
Pelo qual recebo aplausos e acenos
De uma plateia hostil e modorrenta
Que não interage, não age e não sabe
Ao menos a sutil diferença ou a pueril anuência
Entre que o acontece no sobe e desce da cortina
E se desvela sem nenhuma trégua às cegas
No túmulo-camarim que nem chave-mestra é capaz de abrir.