O olhei empunhando uma arma

Brincando à guerra

nada mais nascer

Sua mãe pareu-o

sobre um leito de navalhas

Nasceu coa insígnia

“rebelião “

Ainda não aprendeu a caminhar e já

sua mente pequena inventa

estratégias

No seu iniciado vocabulário

balbuciante, surge a palavra

“lutar”

Chegou trazendo herdadas

chagas

Da cavidade do ventre materno

(bom campo adestrador)

saiu às sombras ditatoriais

um duro lutador

Nasceu co sorriso roto

com sequelas de cadeias

na alma

Jamais saberá o que é voar

jamais

Este poema pertence ao poemário: "Às vezes temo a metamorfose".

Cruz Martinez (da Galiza)
Enviado por Cruz Martinez (da Galiza) em 21/03/2011
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T2862554
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