É PRECISO ENCONTRAR UM CAMINHO
O paraíso desinventado dos homens
É uma paisagem que inquieta memória
Dúvidas, medos
E os fantasmas que povoaram nossa infância
A falta de sentido
Que é a mordida de uma fruta podre
Transformar em eclipse todos os sonhos
A felicidade virando utopia
Nos desvãos da alma
E haja melancolia
Nos sons que ecoam na periferia
Nos interstícios das madrugadas
Faz falta um gesto de ternura
É duro que a vida seja essa paranóia
Reduzindo a pó nosso desejo
Que tudo seja antagonismo
Mas é preciso encontrar um caminho
Mesmo que ele nos leve ao nada.