Aedo

Porque houve uma rapsódia

o verso se fez azul,

como um céu de Matisse

prolongando a planície.

Agora, o cheiro de chuva

molha a terra e a alma.

Água da paz conquistada,

em amarela tulipa inviolada.

Noite dos prazeres de antes,

das embriagadas Bacantes

de volúpias delirantes

e taças espumantes.

Noite que a canção suaviza

e que à vida beija e alisa,

no cetim da próxima brisa