DEVASSIDÃO

À devassidão me permitirei

Caminhar sobre as ondas

Mulher de pouca ou nenhuma fé

E no barco

Enquanto um pesca eu dormirei

O sono dos injustos reis

E serei também Verônica e Madalena

De mim inteira não terei

A mínima pena

Beijarei um beijo que jamais termine

E que me arraste pelos túneis

Como uma bola de papel amarfanhado

Onde letras desfeitas choram

taniameneses
Enviado por taniameneses em 21/03/2011
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