Barro

Barro

Tomo nas mãos meu coração
já surrado, fodido, rasgado
Misturo às lágrimas
Que me desfazem os sorrisos...

Eu mexo, analiso, mudo as formas
Mas minhas mãos de barro
Outra vez a ele se agregam
E eu volto a ser o que eu era...

Sem achar paraíso,
Me falta costela, me falta o ar...

Sol bruto que queima meu corpo,
É esse fogo a me embrutecer
E eu, barro, sem lágrima...
Sou pedra outra vez!


Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 20/03/2011
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T2860809
Classificação de conteúdo: seguro