((((::::VERSOS EMPOEIRADOS::::))))
Na estante se esconde a poeira oscilante de tantos sentimentos
entre paredes emprestadas de falsos contentamentos
Nestes vasos que camuflam incertezas
entre guardados de quaisquer natureza
Rodopiando sombras em teias de um infinito
lacrimejando sonhos do não acontecido
Vestígios pálidos em rubras prateleiras
contorcendo esperas de bordas e beiras
Um sentir conturbado de figas e borboletas
Num coma profundo de luz e fogo
em trincheiras inimigas, suplicando socorro
E quanto mais adentro meu ser, sinto que morro
cada dia um pouco mais,
cada dia mais um pouco.