ROSAS PARTIDAS

ROSAS PARTIDAS (broken roses)

por Juliana S. Valis

Fugiram as ideias como verões passados,

Partiram conceitos como cacos de luz,

E o vidro da janela ficou estilhaçado,

A janela pela qual a vida nos conduz...

E todos os mistérios ficaram foragidos,

Todos os mistérios quiseram ver saídas

No labirinto da alma, entre rosas partidas,

Entre rosas e risos de melhores amigos...

Quisera eu voltar a algo que não fui,

Aos jardins de templos inimagináveis,

Sem dores de delírios descartáveis,

Cem flores de um sonho que dilui...

Mas quando olho, internamente, toda a vastidão

De pétalas e pegadas deixadas pelas vidas,

Percebo que os espinhos das lembranças se vão,

Mas, por vezes, deixam na alma milhões de rosas partidas.

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