SOB O LUAR

SOB O LUAR

Nesta rua deserta ecoam meus passos

Sob a luz do luar, na penumbra da vida

lentamente, caminho sem querer chegar...

Ah! A beleza é de infinitesimal medida

por isso cabe em todo lugar!

Nesta rua deserta de sons, não de cores

são múltiplos os odores do dia que foi

- cheiros de bebidas vendidas em bares

- de frituras, de lanches...

Imundos papéis que um vento , sem pressa, arrasta moleque

zombando da arte, criando painéis!

Tem restos: lixos ambulantes, de ambulantes vidas

Tem vitrines sem luxo, pipocas no chão...

Pedaços de calçada lavados pelo homem que vende sabão!

Tudo bóia no prateado que a lua derrama sem pejo ou temor

De repente, uma sombra no vidro polido...

tentei alcançar!

Na rua vadia, andei mais além

a imagem desgarrada esvaeceu...

Não vi ninguém!

dacosta
Enviado por dacosta em 20/03/2011
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T2859674
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