Feito delirio
A última loucura do avesso feita no inverso
saída do sangue que imaginava um universo
em agitos quentes do corpo que ama brilhos
beijos e deleites serenos sentidos
Chorou...
E nos reversos amargos sem cor
nos remorsos disfarçados de somas sem resultados
e na garganta cheia de sede e sem a água
dos olhos que quando não choram afagam
Senti o sangue passeando pelos meus cálculos
minhas veias fazendo defesa dos meus pactos
Era certo o brilho do sol depois de uma noite cansada
e o barulho do relógio que sem querer lembrava
dizendo acorde
Não é só a noite que brilha
Levante chegou à hora de curar suas feridas
suas cicatrizes ficarão todas fechadas
E o palco cansado das velhas rotinas
não encontrou na nova maquiagem pele enrugada
Sem pedir licença abaixaram as cortinas, e todos foram para casa....