Feito delirio

A última loucura do avesso feita no inverso

saída do sangue que imaginava um universo

em agitos quentes do corpo que ama brilhos

beijos e deleites serenos sentidos

Chorou...

E nos reversos amargos sem cor

nos remorsos disfarçados de somas sem resultados

e na garganta cheia de sede e sem a água

dos olhos que quando não choram afagam

Senti o sangue passeando pelos meus cálculos

minhas veias fazendo defesa dos meus pactos

Era certo o brilho do sol depois de uma noite cansada

e o barulho do relógio que sem querer lembrava

dizendo acorde

Não é só a noite que brilha

Levante chegou à hora de curar suas feridas

suas cicatrizes ficarão todas fechadas

E o palco cansado das velhas rotinas

não encontrou na nova maquiagem pele enrugada

Sem pedir licença abaixaram as cortinas, e todos foram para casa....

Orlando Miranda
Enviado por Orlando Miranda em 20/03/2011
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