NO LIMITE DA ESPERA...
No limite da espera
a flor amarela, serena e bela,
sonha com o cravo branco
debruçada à janela.
No limite da dor,
a donzela lê OLavo Bilac
sonhando Graciliano.
Chora as dores todas sobre o pinho
e no limite da espera,
seu pranto teima em chorar sozinho.
No limite do abandono
a flor solitária faz morada
no galho suspenso
da árvore vizinha e,
no limite do poema
a frase inconsequente,
o beijo incandescente
e a palavra arde furiosamente...