(1994) - II
Por favor, motorista, não pare
Não cesse minha viagem
Que eu não tenho para onde ir.
O ônibus vazio rasga a noite
As pessoas sobem e descem
Mas eu não tenho para onde ir.
O último bar já fechou
A noite está no fim
As ruas desertas de interesses
A TV chiando implacável.
Por favor, motorista, me leve
Não pare esta última viagem
Siga comigo, o cobrador dormindo
E minha vida fugindo
Pela janela.