(1994) - I
Não despedacem meus sonhos
Edificados à custa do meu sangue.
Não derramem meu sangue
Já sugado pelas dores.
Não relembrem minhas dores
Ainda vívidas nas feridas do meu corpo.
Não maltratem meu corpo
Tão flácido e envelhecido pelo tempo.
Não desperdicem meu tempo
(tenho tão pouco pra viver!).
Não matem minha vida
Tão sofrida em meu pranto.
Não, por favor, não sequem meu pranto
Pois só por ele continuo a viver!