A DOR DA TUA AUSÊNCIA

Inda vou nessas asas extensas

Que sopra no outono, o vento,

Lôbregas são as secas folhas

Lânguidas de um pensamento.

Uma vasta palavra em vão

Suspirando langoroso o peito

Por uma incolor paixão

Que corroi o mais nobre conceito.

Deitei em meu leito sozinho

À sombra do meu pensamento

Tentando sentir o teu cheiro

Que me trazia o meigo vento.

E na dor da tua ausência,

No cruento desprezo teu,

Meu coração sangra jorrando

O amor que te prometeu.

Falei-te a verdade nua e crua

No prelúdio da noite menina

De tarde rompeste a relação

Como que fechando a cortina.

E parti para o jardim de rosas

Em meio a espinhos de roserais

Cismei que no fim de Águas Formosas

Tem belos e ricos festivais.

E se não te vejo, ó lívida lua

No teu intenso brilho de amor

Que apregoa alma de amantes

Proporcinando-lhes branca flor.

Mas tu não percebes n´alma a luz

Que emana do ãmago da represa

Para dentro de ti em energia

Que traduz na mais pura beleza.

E vejo amor saltar de teu seio

Nas duras palavras mescladas de amor,

Deixa-me descanso em um devaneio

Esperando a hora que te chamarei de flor.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 19/03/2011
Reeditado em 19/03/2011
Código do texto: T2856951
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