UM PEDIDO


A noite cresce - uma estrela vive
Há um olhar que entra pelas paredes
cresce esta luz de sombra - momentos revive

Começo a entender o silêncio sem tempo
a torre estática que se alarga no interior da boca
um grande orvalho tão puro como um olhar
Não me peças palavras, nem expressões, nem alma...
Abre-me o peito, deixa cair as pálpebras pesadas,
E me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
nossas línguas desvairadas...
— unidos, nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se
exprimindo sentimentos sem disfarce!

Depois... — abrirei meus olhos, me sentirei amada!
E olho nos olhos pedirei; não digas nada...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 18/03/2011
Código do texto: T2855880
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