Olhe o resultado! E quem é o culpado?
Olhe ao seu redor e veja
A riqueza da mãe natureza
A brisa e a beleza
O cheiro das flores
Carregadas com amores
As alturas do infinito
A dor e o grito
Daquele povo em aflito
Atingido por chuva de granito
A água acabada
A luz apagada
Sua casa derrubada
Por aquela enxurrada
Vinda na madrugada
Sem avisar sua chegada
O lamento junto ao pranto
Sem nada naquele prato
Sem nada naquele canto
Trazendo a dor e a tristeza
Para aquela gente beleza
Que perdeu toda sua riqueza
Com suas crianças em defesa
E até hoje não sabe
Onde ficou a felicidade
Que com os anos foi construída
E em minutos acabada
Olha ai o resultado de quem
Mexeu no lugar errado
Talvez hoje se sinta culpado
Por todo aquele estrago contemplado
Naquele grande estado
Onde ficou enterrado
Criança, velhos, jovens, enteado
Autoridade, sogros e cunhado
Você é o culpado
Por ter mexido no lugar errado.