Transformação

Deito-me a luz do alvorecer

Sinto a chuva deslizando

Mansamente em minha face

Nela escorre as tristezas

E o dia nasce mansamente

Como uma nau pelos mares

Vagam também meus olhos

Difusos na imensidão do céu...

Silenciam-se os pensamentos

Lentamente tudo se suaviza

Como se nada mais houvesse

Além do silêncio absoluto

Sou fogo que devora e abrasa

Sou água que lava e acalma

Sou ar sempre em nova forma

Sou nova terra sólida e segura...

Sim! Sou água, fogo, terra e ar,

Não há sombra de divindades

Apenas essência e existência

Na mais pura transformação...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 17/03/2011
Código do texto: T2854233
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