Transformação
Deito-me a luz do alvorecer
Sinto a chuva deslizando
Mansamente em minha face
Nela escorre as tristezas
E o dia nasce mansamente
Como uma nau pelos mares
Vagam também meus olhos
Difusos na imensidão do céu...
Silenciam-se os pensamentos
Lentamente tudo se suaviza
Como se nada mais houvesse
Além do silêncio absoluto
Sou fogo que devora e abrasa
Sou água que lava e acalma
Sou ar sempre em nova forma
Sou nova terra sólida e segura...
Sim! Sou água, fogo, terra e ar,
Não há sombra de divindades
Apenas essência e existência
Na mais pura transformação...