Ode aos quatro elementos
Clamei ao deus do fogo
Que abrasasse minha alma
E a aspergisse pelos ventos
Longe da dor que o amor
Em ilusões nos consente...
Clamei ao senhor das águas
Que me perdesse pelos mares
Para poder beijar as praias
E unir-me a elas eternamente
E velejar por todo o mundo...
Sim! Clamei ao deus da terra
Que me transformasse em pó
E me jogasse pelos campos
Seria eternamente apraz relva
Que canta ao passar do vento...
E até quem sabe o rei dos ares
Em sua volúpia me envolvesse
E poder voar por todo o sempre
Sem dores, tristezas ou feridas
Ser apenas matéria em movimento...