Fadiga!

Não me recordarei de ti com lágrimas nos olhos

Tampouco com um sorriso no rosto

Semblante esse que oculta o desgosto

Uma inútil lembrança levada no colo

Eu, ópio de mim mesmo, encarcerado ao passado

Serenamente usurpado por devaneios profanos

O fiel inconveniente de viver atrelado ao findo leviano

Martirizado impiedosamente por quem foi amado

Magoado agora vou fugir das torpes regras

Um devasso homicida de amores perdidos

Um poeta sem âmago indagando abrigo

Abandonarei relutante esse sentimento piegas

Enfastiado desses frívolos momentos de agonia

Conclamarei aos meus pensamentos: Cansei.

André Fernandes

André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 17/03/2011
Reeditado em 17/03/2011
Código do texto: T2852861
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