VAGAS INSOLENTES
Não importa se não há o Olimpo
Se deuses são homens ou crianças
Não é preciso saber quem dorme
Nas pirâmides o eterno sono
Menos ainda os da arena empoeirada
E cheia de sangue
Tudo é abandono
É indiferente se há trevas ou luz
Se navios encalham ou se escaleres não suportam o peso
De ombros pendidos
Dos achados e dos perdidos
Nos mares cantando em vagas insolentes