Amor Sacana
Hoje nós vamos falar de amor. Aliás, vamos falar de amor de outra maneira. Vamos ser diretos, poesia é pra momentos de grandes frustrações.
O amor que eu vou falar hoje é o cru, que cega e amarga a boca.
O amor babaca, o amor sacana, aquele que no fim, é só uma borra em um filtro de café.
Pudera o ser humano ser transparente. Mas ele é, ora bolas.
Então vamos reformular: Ah, pudera o ser humano ser verdadeiro e transparente. Mas aí já estaríamos pedindo demais. Seria como dizer ao espinho a adiar a dor, à abelha a protelar o ataque, mas que, no fim, seriam o mesmo e insosso arrependimento.
Mas se me perguntarem um dia, se me arrependi, direi que não. Poderia ter sido diferente. Poderia ter sido verdade, sincero. Também, pudera!
André Fernandes