FIM DE TUDO
No fim de quê?
No fim do que tudo parece ser...,
A conclusão de tudo é só a morte
Mas há quem pense que no amor é preciso sorte
Nestas palavras deixadas pelos recantos
e não há mais epílogo tampouco santos
Não findamos o verso nem acaba
a cada letra escrita - a palavra desaba
O desfazer-se o mar contra esta praia.
Asa que se enlaçou mas não voou... a saia
Quase amor - princípio e fim
todo ardor que desagua de mim
Amor que nos moveu no desalento,
uma ilusão - sensação e tormento
a pátria destes versos foi só pura
alucinação ou fio de loucura
A imaginação por dentro da memória,
longe do coração - começa a História.