Abstrato

Perde-se a ilusão

no eco das verdades

que ressoam no balançar

dos galhos, onde as árvores

choram, nas ruas, praças,

igrejas, que recebem os

meus passos, o meu olhar

terceiro, e o meu pensar

ainda inseguro.

Mistérios não revelados,

sentidos inexplicavelmente

no dorso da minha anatomia.

O que muda é a nossa

capacidade de tornar

tudo melhor ou pior

do que já está escrito.

Enquanto o sol se vai

e a noite se revela

entre nuvens, estrelas

ou luar, estilhaça,

no espaço, tudo

o que se acreditava

ser invisível, invariável,

impossível...