SOS*

Perdido o leito esquecido rumo
Um cativeiro delimita o sonho
E um poema escreve-se
No olhar que move o punho

Meço o teor das águas
A relatividade do mundo
A vida feito prelúdio
Onde o riso é absurdo.

A onda é cega
Um convite grita
Encho a garrafa de poesia

Noite e tarde
Uma manhã que ardeu aflita
Memória um mar de palavras
Apaga-me na boca a certeza
Paradigmas vicejam no fundo a nada
Um solitário sintagma
Não sei se acordo ou se sucumbo
Nas corredeiras que me busco.

A onda é cega
Um SOS grita
Lanço ao mar poesia.

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 16/03/2011
Código do texto: T2852472