SOS*
Perdido o leito esquecido rumo
Um cativeiro delimita o sonho
E um poema escreve-se
No olhar que move o punho
Meço o teor das águas
A relatividade do mundo
A vida feito prelúdio
Onde o riso é absurdo.
A onda é cega
Um convite grita
Encho a garrafa de poesia
Noite e tarde
Uma manhã que ardeu aflita
Memória um mar de palavras
Apaga-me na boca a certeza
Paradigmas vicejam no fundo a nada
Um solitário sintagma
Não sei se acordo ou se sucumbo
Nas corredeiras que me busco.
A onda é cega
Um SOS grita
Lanço ao mar poesia.
Karinna*