Ressurgir
Ao sabor do vento
Flutuando vou
Com sorte...
Pousar em solo fértil.
Uma explosão silenciosa
Faz romper a couraça
Faz germinar,
Um novo ciclo de vida.
Fincar, adotar
Por meu este território,
Este chão
Sem patrão.
A fotossíntese me transforma
O leite materno
Faz-me crescer.
Nas bodas de prata
Uma jovem
Repleta de vida
Transformada em cinzas,
Só negrume.
O céu cinzento,
Derrama sobre a terra
Suas lágrimas de vida.
Nos troncos ressequidos
Eis que surge
A jovem árvore,
Com profundas marcas,
Agora solitária
Em meio à invernada.